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A solidariedade é altamente transmissível

Uma perspectiva diferente da pandemia no Brasil


É amplamente conhecido que tempos de crise é muitas vezes quando novas alternativas e soluções são desenvolvidas. Da mesma forma, na atual pandemia, pessoas de todo o mundo têm respondido às suas dificuldades com novas alternativas e muita solidariedade. Hoje vamos conhecer algumas dessas soluções praticadas aqui mesmo no Brasil.

Uma das poucas informações que ficaram claras desde o início da crise do Covid-19, era de que idosos e pessoas com comorbidades têm mais chances de desenvolver complicações devido à infecção do vírus. Portanto, manter esses indivíduos isolados é uma preocupação geral. Porém, no Brasil, como deve ser na maioria dos lugares do mundo, esta é uma tarefa bastante desafiadora, pois nem todos no grupo de risco possuem alguém para auxiliá-los nas tarefas diárias como fazer compras, levar os cães para passear, comprar remédios e assim por diante.


Com esse cenário, muitos passaram a se voluntariar para ajudar no que fosse possível, de modo a evitar que os mais vulneráveis precisem sair de casa ou usar transporte público. As pessoas ofereciam ajuda de diversas formas, cartazes foram colocados em condomínios, postagens em redes sociais, mensagens e ligações. Tudo que fosse possível para chegar aos que mais precisavam ser protegidos. Parecia que quanto mais esse tipo de iniciativa era divulgada, mais pessoas sentiam-se inspiradas a ajudar


(Fonte: Facebook)


Algumas instituições, como a REDE DE SOLIDARIEDADE SOMAR FLORIPA, decidiram institucionalizar e organizar a onda de voluntariado. Eles criaram uma sessão em seu site onde todos que querem ser voluntários podem se inscrever fornecendo informações pessoais, assim como os que precisavam de assistência, para mais segurança de ambos, voluntários e os assistidos.


(Campanha “Auxilie um vizinho idoso” da Rede de Solidariedade Somar Floripa em seu website: http://somarfloripa.com/home/)


“Eu me inscrevi porque queria ajudar as pessoas mais vulneráveis no meio dessa difícil situação que todos estamos passando. Tive a oportunidade de comprar remédios e fazer compras para um casal de idosos, onde um deles tinha acabado de fazer um transplante. Essa ajuda foi realmente importante para eles e extremamente gratificante para mim. ”(Léia, 39 anos, voluntária cadastrada no programa “Auxilie um vizinho idoso” da Somar Floripa“.)


“Sou uma pessoa de muita fé, e realmente acredito que os dois voluntários que me ajudam foram enviados por Deus ... Na minha terra existe um ditado: “Deus manda chuva, mas sempre dá abrigo ”e para mim eles têm sido este abrigo, são como anjos. Procuro não abusar muito deles, mas como vivo sozinho, a ajuda deles tem sido muito útil. Graças a eles, estou protegido em casa ”. (Bras, 78 anos, idoso cadastrado no programa “Auxilie um vizinho idoso” da Somar Floripa“.)


Para esse projeto específico, no site da Somar Floripa estão inscritos 1.000 voluntários, e 100 idosos e pessoas com deficiência recebem suas compras em casa. Durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, 180 pessoas do grupo de risco foram levadas para vacinação por voluntários. Além disso, durante a pandemia, a Somar Floripa arrecadou, em parceria com a prefeitura de Florianópolis, a comunidade e empresas, cerca de 35 mil cestas básicas que foram entregues a famílias carentes.










(Voluntários da Rede de Solidariedade Somar Floripa em um mutirão para entregar cestas básicas)


Não raramente as adaptações feitas em tempos difíceis continuam contribuindo para nossas vidas depois que as crises passam. Os bancos de sangue são um exemplo disso, pois surgiram pela necessidade de salvar soldados feridos na guerra.


- Por causa da grande demanda por transfusões de sangue durante a Primeira Guerra Mundial, médicos descobriram que o citrato de sódio permite que o sangue seja armazenado sem ficar impróprio. Com base nessa descoberta, o primeiro banco de sangue foi instalado em 1917 em um campo de batalha na França. Antes disso, as transfusões eram apenas feitas de uma pessoa para outra diretamente. -


A guerra chegou ao fim, mas os bancos de sangue ainda salvam vidas em todo o mundo. Da mesma forma, toda a solidariedade e altruísmo estimulados pela pandemia do Covid 19, podem permanecer fortes em nossa sociedade como o maior resultado deste momento difícil.


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